sexta-feira, 24 de julho de 2009

Tempo fechado para sexta-feira

Tem dias em que nada vai bem
E você acorda com cara de quem ainda não dormiu
O cansaço é pior do que antes
E a mente, continua trabalhando,
Passeando com pensamentos que deveriam ter se perdido há tempos...

Tem dias que você percebe o que realmente importa
E os valores já não são os mesmos de antes
Mas se você está sozinho nesta
Para onde vai sem companhia?

Tem dias em que a dor é maior do que a alegria
E só o que resta é deixar as lágrimas rolarem
Sem peso na consciência, sem maiores preocupações
Sem grandes complicações...

Tem dias que a gente pensa na nossa existência
E se sente como a pessoa mais chata e carente que possa existir

Mas estes dias passam.
Como todos os melhores momentos também nos deixam
Como os piores momentos cedem espaço para as alegrias ressurgirem

Se as pessoas se vão a saudade fica
O espaço delas continua ali, reservado
Mas de uma maneira diferente e especial...

quinta-feira, 23 de julho de 2009

"Palavra do dia: irritação"

Deve ser TPM.
Ou seso debom senso.
Ou noção de realidade.
Ou visão de humanidade...
Não sei o que é.
Sei que minha irritação está se tornando permanente ao longo desta semana. E isso tem me deixado ainda mais irritada.
As coisas acontecem com mas intensidade. Ou eu as vejo assim, não sei mais o que é...

O mundo anda cheio de hipocrisia. pessoas que acham que mandam nas outras, que dão ordens, que gritam. Pessoas mimadas que pensam que o mundo gira em torno delas. Tenho dó. Ou não. A dor da aprendizagem vai ser muita. Mas... tiveram chance de apender numa boa. E não souberam aproveitar. Isso é o pior.
Temos muitas chances nas nossas vidas que passam, simplesmente. Mas tem coisas simples que nunca devem passar.
Respeito, humildade, vontade de aprender, saber conversar... são coisas que devem continuar sempre..

Estou irritada... chateada... chocada com o mundo...

segunda-feira, 20 de julho de 2009

3 anos...

Hoje é meu aniversário... de casamento!!!!
Nem parece, mas 3 anos se passaram desde aquele dia calmo, tranquilo, importante e... com gripe! Um dia muito especial... a gente olha a casa da mãe da gente e pensa "é a última vez que essa casa é minha... tchau". E outra vida começa.
Pra muitos, o casamento é um problema. Para mim, foi muito bom. Claro, tem suas dificuldades, seus dias em que a gente pensa que vai ser o último. Mas na maior parte do tempo é muito gratificante. Uma lição constante.
Não sou preconceituosa com o mundo moderno (muito pelo contrário). Mas acho que se foi criado uma cronologia é porque temos que aprender em cada fase para enfrentar a próxima com mais facilidade.
No mundo de hoje, nós mulheres principalmente, somos muito independentes: trabalhamos, temos nosso dinheiro, condição de ter nossa casa sozinha e por aí vai. Mas tem uma coisa que não conseguimos aprender sozinhas: a dividir, a entender o próximo, a saber que não somos únicas e que nossas vontades não são verdade absoluta.
Falo isso porque (ainda não sou mãe) acredito que quando temos um filho somos obrigadas a abrir mão de muitas coisas, da nossa liberdade, de alguns de nossos prazeres, do nosso espaço, etc. E daí, se não aprendemos antes (com o casamento, por exemplo), imagine o quanto isso vai ser sofrido?
Estou feliz com os 3 anos bem casados! Espero viver isso por muito mais tempo! E não só aprender, mas poder "ensinar". Compartilhar momentos únicos com uma pessoa maravilhosa e especial... Espero poder ser melhor a cada dia com essa experiência única...

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Indignação médica

Não sou médica, nem aspirante a isso. Mas preciso deles. Infelizmente, para o bem mais precioso que tenho: minha vida!!!!
Fico impressionada de ver o pouco caso que eles têm por nós. E não só o pouco caso. O quanto pensam apenas em DINHEIRO sem querer saber o quanto ele poderia ser importante para você, independente disso e até, muito mais recompensado do que gostariam.
Depois falam que jornalista não precisa de diploma porque ética não se ensina na faculdade.
Não se ensina mesmo. Nem ética, nem educação, nem relações humanas, nem bom atendimento.
E naõ se ensina em jornalismo e nem em nenhum outro curso.
Em medicina, deveriam incluir um curso básico de atendimento. Destes que qualquer recepcionista ou secretária faz, em um ou dois meses... pelo menos saberiam o mííínimo de atendimento...
Tudo bem que moro no interiorrrr e aqui, médicos são ruins até para gripe (a suína então, nem sem fala). Gostaria de ter a esperança e acreditar que médicos das grandes cidades são mais humanos, mais educados, mais preocupados com seu compromisso do que com o dinheiro.
Dizem que esperança é a última que morre. então, ainda acredito que, se precisar de um médico de São Paulo, por exemplo, terei mais resultados e satisfação do que na minha simples cidade (que não é tão pequena assim, afinal, 350.000 habitantes já é um número considerável...).

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Mihael Jackson - uma homenagem?

Pois é minha gente... Michael Jackson morreu!
Não tenho ídolos, nem acredito muito neles. Sou um pouco "duvidosa" da morte. Do tipo: demoro a acreditar no que aconteceu.
E como MICHAEL JACKSON é uma personalidade, não podemos negar, sinceramente, ainda não acredito que ele morreu.
Mas... neste "auê" todo, sabe o que mais me incomoda? - A falsidade da mídia.
É, realmente, a imprensa é interesseira. Não se preocupa em ser contraditória. Joga no time de quem tá ganhando, fala daquilo que lhe interessa. Não se preocupa com o sentimento do outro, nem de quem eles falam nem do tal telespectador, que lhe dá tanto dinheiro (e audiência).
Falaram "mal" até do tal Michael Jackson, com acusações de pedofilia que, por causa da tal mídia, "deixaram claro" que o coitado era pedófilo. Agora, coitadinho... ele só gostava da companhia de crianças e ai de quem o acusar de pedofilia. Meu Deus! Fico tonta com tantas contradições. A gente não tem tempo nem de formar opinião. E nem condições. Afinal, as únicas informações que temos são partes de uma verdade (ou não) passadas pela própria mídia!
Documentários sobre Michael Jackson? Em todos os canais, em todos os programas, em todos os blocos. Por que não fizeram uma homenagem enquanto ele estava vivo? Por que não homenagearam a atitude dele de fazer shows após 10 anos?

Brasileiro gosta de tragédia. Tudo que tem sangue e dor fica melhor para nós. Não gostamos de boas notícias. Não vibramos por coisas boas. Até nas boas, vemos o lado negativo primeiro. Do tipo: se o Brasil ganhou dos EUA, bem feito pros EUA que perdeu e não Parabéns ao Brasil que ganhou.
Somos totalmente responsáveis por esta mídia cada vez mais louca e interessada apenas no que lhes convém. Somos responsáveis por não termos boas notícias nem bons acontecimentos.
Assim é tudo!
Estes dias, conversando com uma amiga... tínhamos tantas coisas boas para falar e de repente, o assunto: "menina, vocÊ viu o tanto de tragédia que teve ontem? Meu vizinho atropelou e matou um cara. Na esquina da minha casa teve um acidente que a mulher amputou a perna, etc etc etc." E só coisas ruins!
É assim! Procuramos os problemas alheios para esquecer nossas próprias tristezas. Ou nos confortamos: estamos passando por dificuldades mas... e o Fulano? Está bem pior que eu!

Enquanto isso... eu estou melhor que você! Que notícia boa! E procurando entender porque sempre homenageamos a pessoa depois da morte e não enquanto está viva, porque não a defendemos quando ela precisa e não depois que qualquer coisa que acontecer não faz diferença...
Boa semana!!!!

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Diploma de jornalista descartado? Meu Deus!!!!

Ontem votaram contra a exigência do diploma de jornalismo para exercer a profissão! Sou jornalista formada. Não trabalho na área propriamente dita, mas trabalho num veículo de comunicação. Alguém pode me dizer que absurdo é esse?
Quem viu a matéria da Globo e prestou atenção nas justificativas dos nossos digníssimos deputados, ficou como eu: rindo da cara deles!
Vamos aos tópicos:
"O JORNALISTA É MAIS UM ARTISTA DO QUE UM PROFISSIONAL." - Para quem? Que arte é essa? Se não se tem a técnica, não se escreve um bom texto, a não ser um articulista ou comentarista e olhe lá! Um poesia eu concordo plenamente. Mas um jornalista, que escreve dos fatos rotineiros? Como não se precisa de técnica? Como isso é só arte?
"O QUE UM JORNALISTA PRECISA SABER NÃO É ENSINADO EM FACULDADE" - Nem em lugar nenhum se fosse só o que ele citou como importante para a profissão (ética, honestidade, competência, saber ouvir, discernimento). E se fosse assim, nem um médico precisaria de diploma. Ou médico não precisa ter ética? Ou qualquer outra pessoa no mundo não precisa de ética? Então só jornalistas precisam ser éticos? E o mundo ensina estruturação de texto, gramática, política, montagem de matérias, etc? Ou nascemos todos jornalistas?
"A EXIGÊNCIA DO DIPLOMA VAI COTNRA A LIBERDADE DE IMPRENSA QUE DIZ QUE AS PESSOAS DEVEM SER LIVRES PARA SE EXPRESSAR". - E quem as está proibindo? Será que esqueceram que um meio de comunicação vai além da liberdade de expressão? Será que esqueceram que cada um deles tem um nome a zelar e precisam de PROFISSIONAIS competentes para isso?
Vamos ver no que vai dar.
Acredito na ÉTICA das empresas de comunicação para não contratarem qualquer um e para zelarem o nome que levaram tanto tempo para construirem.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

O que é a saudade? Saudade é o amor que fica...

Essa mensagem vale a pena ser lida...

"No início da minha vida profissional, senti-me atraído em tratar crianças, me entusiasmei com a oncologia infantil. Tinha, e tenho ainda hoje, um carinho muito grande por crianças. Elas nos enternecem e nos surpreendem com suas maneiras simples e diretas de ver o mundo, sem meias verdades. Nós, médicos, somos treinados para nos sentirmos "deuses". Só que não o somos! Não acho o sentimento de onipotência de todo ruim, se bem dosado. É este sentimento que nos impulsiona, que nos ajuda a vencer desafios, a se rebelar contra a morte e a tentar ir sempre mais além. Se mal dosado, porém, este sentimento será de arrogância e prepotência, o que não é bom. Quando perdemos um paciente, voltamos à planície, experimentamos o fracasso e os limites que a ciência nos impõe e entendemos que não somos deuses. Somos forçados a reconhecer nossos limites! Recordo-me com emoção do Hospital do Câncer de Pernambuco, onde dei meus primeiros passos como profissional. Nesse hospital, comecei a freqüentar a enfermaria infantil, e a me apaixonar pela oncopediatria. Mas também comecei a vivenciar os dramas dos meus pacientes, particularmente os das crianças, que via como vítimas inocentes desta terrível doença que é o câncer. Com o nascimento da minha primeira filha, comecei a me acovardar ao ver o sofrimento destas crianças. Até o dia em que um anjo passou por mim. Meu anjo veio na forma de uma criança já com 11 anos, calejada porém por 2 longos anos de tratamentos os mais diversos, hospitais, exames, manipulações, injeções e todos os desconfortos trazidos pelos programas de quimioterapias e radioterapia. Mas nunca vi meu anjo fraquejar. Já a vi chorar sim, muitas vezes, mas não via fraqueza em seu choro. Via medo em seus olhinhos algumas vezes, e isto é humano!
Mas via confiança e determinação. Ela entregava o bracinho à enfermeira e com uma lágrima nos olhos dizia: faça, tia, é preciso para eu ficar boa.
Um dia, cheguei ao hospital de manhã cedinho e encontrei meu anjo sozinho no quarto. Perguntei pela mãe. E comecei a ouvir uma resposta que ainda hoje não consigo contar sem vivenciar profunda emoção.
Meu anjo respondeu:
- Tio, às vezes minha mãe sai do quarto para chorar escondida nos corredores. Quando eu morrer, acho que ela vai ficar com muita saudade de mim. Mas eu não tenho medo de morrer, tio. Eu não nasci para esta vida!
Pensando no que a morte representava para crianças, que assistem seus heróis morrerem e ressuscitarem nos seriados e filmes, indaguei:
- E o que a morte representa para você, minha querida?
-Olha tio, quando a gente é pequena, às vezes, vamos dormir na cama do nosso pai e no outro dia acordamos no nosso quarto, em nossa própria cama não é? (Lembrei que minhas filhas, na época com 6 e 2 anos, costumavam dormir no meu quarto e após dormirem eu procedia exatamente assim.)
- É isso mesmo, e então?
-Vou explicar o que acontece - continuou ela - quando nós dormimos, nosso pai vem e nos leva nos braços para o nosso quarto, para nossa cama, não é?
- É isso mesmo querida, você é muito esperta!
- Olha tio, eu não nasci para esta vida! Um dia, eu vou dormir e o meu Pai vem me buscar. Vou acordar na casa Dele, na minha vida verdadeira!
Fiquei "entupigaitado". Boquiaberto, não sabia o que dizer. Chocado com o pensamento deste anjinho, com a maturidade que o sofrimento acelerou, com a visão e grande espiritualidade desta criança, fiquei parado, sem ação.
- E minha mãe vai ficar com muita saudade minha, emendou ela.
Emocionado, travado na garganta, contendo uma lágrima e um soluço, perguntei ao meu anjo:
-E o que saudade significa para você, minha querida?
- Não sabe não, tio? Saudade é o amor que fica!
Hoje, aos 53 anos de idade, desafio qualquer um a dar uma definição melhor, mais direta e mais simples para a palavra saudade: é o amor que fica!
Um anjo passou por mim... Foi enviado para me dizer que existe muito mais entre o céu e a terra, do que nos permitimos enxergar. Que geralmente, absolutilizamos tudo que é relativo (carros novos, casas, roupas de grife, jóias) enquanto relativizamos a única coisa absoluta que temos, nossa transcendência.
Meu anjinho já se foi, há longos anos. Mas me deixou uma grande lição, vindo de alguém que jamais pensei, por ser criança e portadora de grave doença, e a quem nunca mais esqueci. Deixou uma lição que ajudou a melhorar a minha vida, a tentar ser mais humano e carinhoso com meus doentes, a repensar meus valores.
Hoje, quando a noite chega e o céu está limpo, vejo uma linda estrela a quem chamo "meu anjo", que brilha e resplandece no céu. Imagino ser ela, fulgurante em sua nova e eterna...casa. Obrigado anjinho, pela vida bonita que teve, pelas lições que ensinaste, pela ajuda que me deste.

Que bom que existe saudades! O amor que ficou é eterno.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

2009 promete

Este é um ano que começa cheia de promessas. E a que mais aposto é que vou ter que dar duro para separar a loucura da razão, viu? hehehe Sei que não devemos brincar com essas coisas, mas é tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo que é difícil separar o certo do errado, o são do louco.
Posso dizer que comecei o ano bem, muito bem!
- Virei o ano num "projeto" de praia (convenhamos: Caraguá não pode ser considerada praia, né? Mas... tem água salgada, então...) e isso foi muito bom.
- Já tomei decisões que demorei anos, tipo: fazer uma dieta legal, academia pesada e me empenhar DE VERDADE em perder os quilinhos que insistem em aumentar constantemente.
- Criei coragem para falar - com maturidade - coisas que tenho vontade há anos e nunca tive força.
- Estou tentando me conformar com a idéia de que sou livre para pensar e sentir o que quiser mas que minha liberdade deve ter limites externos. Ou seja: para mim (internamente) tudo é possível. Mas externar isso não é tão simples assim.
- Falei com pessoas que sempre tive vontade de falar e, por simples medo de magoar ou ser magoada, não falava. E foi bom. sem explicações concretas ainda, mas foi bom.
- Ainda não consegui controlar meus sonhos, meus pensamentos, minhas "visões", meus sentidos. Mas acredito que, de alguma forma, conseguirei domar essas coisas.
- Não quero apenas controlar meu sexto sentido. Este não. Porque tem épocas que sinto coisas que realmente são importantes, que me fazem sentir especial e diferente.

Bom, espero que 2009 seja não só para mim, mas para todos, um ano muito especial e iluminado.